Esse título não existe mais no futebol. Hoje o que
menos há é seriedade. O futebol deixou de ser um esporte para se tornar em um
grande negócio. Quem é mais rápido “no gatilho” leva vantagem. Rápido para
descobrir talentos e tornar-se empresário das esperanças que abundam nos campos
da periferia. Sou do tempo em que o futebol ainda se jogava por amor a camisa
(e se jogava futebol); hoje o jogador assina contrato beija o distintivo do
clube na hora da apresentação e daqui a pouco já está beijando outro. A
globalização que o mundo sofreu também foi repassada ao futebol. O jogo em si
na maioria das vezes passa a ser secundário. As promoções em torno dele ou das
competições são mais importantes. Vejam mais exemplos atuais: eleição de misses
sempre houve nos clubes, cidades, estados e países. Hoje existe a eleição das
misses dos campeonatos e até a escolha do layout mais bonito no corte de cabelo
dos jogadores. Essa é a nova realidade. As “Marias e os mários chuteiras”
gostam disso. O torcedor sabe discernir o que é bom e o que é ruim e quando vê
o que se paga hoje aos jogadores pensa duas vezes. Primeiro porque o dinheiro
não está sobrando e segundo, não por inveja, mas porque trabalha duro para
terminar a vida com uma mísera aposentadoria enquanto os jogadores (muitos sem
estudo algum) pilotam carrões e esbanjam nas noitadas como verdadeiros milionários.
E na maioria das vezes o final é muito triste. É por essas e outras que o
futebol caiu no descrédito do povo. O povo não é bobo nem burro. A queda da audiência
das televisões, a presença cada vez menor dos torcedores nos estádios e a falta
de qualidade do futebol deixam a todos nós céticos em relação ao futuro desse
esporte. Fico por aqui. É isso aí.
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