UM FATO EM FOCO

A eliminação de Coritiba e Grêmio da Copa do Brasil foram “um balde de água fria” nos torcedores dos clubes. No Couto Pereira mais de 15 mil prestigiaram e acreditavam no time coxa branca. No Olímpico estiveram 30 mil gremistas que a exemplo de Curitiba protestaram ao final do jogo pela eliminação. Em Porto Alegre a Brigada Militar teve que dar tiros para o alto para conter os torcedores depois da partida. No Alto da Glória a revolta também foi geral. A grande verdade é que os dois times carecem de jogadores mais qualificados e colocar a culpa em cima do técnico e pedir sua dispensa é o caminho natural. É muito mais fácil demitir o treinador do que fazer um carreto na porta dos clubes e dispensar de baciada. Como acompanho o futebol paranaense desde 1994 vejo as mesmas cenas sendo repetidas a cada ano. Termina a temporada e os clubes se desfazem dos principais jogadores, exceto o Atlético, nos últimos anos, e partem para novas contratações. Não tenho em mãos números, mas posso afirmar sem errar que as prateleiras do Coritiba e Paraná vivem recheadas de jogadores. Muitos são contratados e ficam na CBD – come, bebe e dorme – sem justificar o investimento. Tudo por conta de quem dirige o futebol. As agremiações precisam entender que o futebol deve ser profissional dentro e também fora de campo. Infelizmente abundam curiosos nos cargos mais importantes dos clubes brasileiros sem terem a noção correta de quem é quem. Falta conhecimento, falta visibilidade, falta transparência, falta vergonha na cara, pois contratar jogadores por vídeo ou para agradar empresário nos leva ao quadro atual . Tem muito “cabeça de bagre” jogando ou fazendo de conta que joga e muito técnico sem a menor condição para o cargo. Técnico bom que conhecí é o que está comigo na foto. Telê Santana deixou saudade e um imenso vácuo em nosso futebol. É isso aí.