terça-feira, 1 de abril de 2008

UM FATO EM FOCO

O futebol brasileiro envolveu-se de uma forma tão agressiva na globalização pela qual o mundo passa que deixou de lado seus princípios. A modernidade e a pressa deu lugar aos absurdos que vemos todos os dias estampados nos jornais, na internet, mostrados na tevê e divulgados pelo rádio. Compra-se jogadores como quem vai ao supermercado ou ao shopping atraído pelas ofertas. Sim eu disse ofertas. As avaliações fogem da realidade. Mostra-se um vídeo tape e recomenda-se a contratação. O tempo se encarrega de mostrar logo à frente que a compra foi mal feita. Os clubes encham suas prateleiras de jogadores e os empresários o bolso de dinheiro. Já escrevi várias vezes que empresários tornaram-se um cancro para o futebol. Ah mas hoje ninguém consegue vender jogadores sem eles. É o que dizem os dirigentes de clubes. Por quê. Porque são dirigentes amadores, despreparados e que se satisfazem simplesmente pelo cargo que ocupam sem se importar com o que vem pela frente.
Nosso futebol carece de qualidade. Os jogadores hoje formados nas escolinhas nem bem calçaram as chuteiras já falam em contratos milionários, em independência financeira e jogar fora do país. Os clubes aceleram esse sistema cada vez mais, para com os recursos sustentar-se. A globalização criou para as agremiações uma situação irreversível. Ou conseguem vender muitos jogadores anualmente ou assinam grandes contratos publicitários ou ficam a mercê do dinheiro dos direitos de televisão e agora também de mais uma loteria jogada garganta abaixo dos torcedores. Com tudo isso, venda de jogadores, publicidade, verbas de tevê, a grande maioria ainda está em vermelho. Pagam aos jogadores dos seus elencos fora da realidade do seu orçamento, fora da realidade brasileira.
Qual é a solução. Simples. Fazer futebol baseado no que se arrecada. É isso aí
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Um comentário:

Adalberto Day disse...

Edemar
Valeu por esta coluna de comentários seus...é muito interessante.
Adalberto Day de Blumenau