O futebol brasileiro começou muito mal o ano de 2016.
Os clubes sem dinheiro e com os jogadores na mão dos empresários são negociados todos os dias com o futebol estrangeiro. O Corinthians campeão brasileiro de 2015
perdeu vários jogadores e as peças de reposição encontradas no mercado
dificilmente suprirão as perdas. Mas não é só a saída de jogadores para o
exterior. Os clubes estão desqualificando o nosso futebol cada vez mais. O que
interessa mesmo é o “dinheiro” porque futebol e torcedores estão em segundo
plano. Já se iniciaram negociações para que diversos jogos dos Campeonatos do Rio e de
São Paulo e da Copa do Brasil sejam realizados na Arena da Amazônia em Manaus e
outras capitais. Tudo pela necessidade de arrecadar para pagar. E quando se
fala em pagar não são as dívidas cada vez maiores; são os salários atrasados e
direitos dos jogadores. Vai muito mal o futebol brasileiro cada vez mais “debilitado”
em todas as áreas. Pelo visto “não tem jeito mesmo” pelo menos em curto prazo. É isso
aí.
O início de 2016 mostra claramente que o futebol
brasileiro vai demorar algum tempo (é põe tempo nisso) para recuperar a
hegemonia que conquistou através de cinco títulos mundiais com a seleção e com
nossos clubes. O interesse do futebol do exterior está desfalcando cada vez
mais nossas equipes tudo por conta de propostas milionárias que não vem mais só
da Europa. A partir da década de 50 os europeus se reforçaram com Julinho,
Mazola, Jair da Costa, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Nazário, Romário e mais
recentemente com Neymar e tantos outros. Hoje a transferência de jogadores
brasileiros é bem menor tudo por conta da falta de novas revelações. E os que
se sagraram campeões brasileiros pelo Corinthians em 2015 também estão
desmanchando o time. Jadson, Vagner Love, Renato Augusto, Edu Dracena e Cássio,
sem falar da saída de Paolo Guerrero, Emerson Sheik, Paulinho e Fábio Santos
anteriormente. O presidente Roberto Andrade veio a público reclamar da “falta
de amor” pelo clube. Isso já não existe há muito tempo. Nos dias de hoje os
jovens revelados pelos clubes quando surgem no mercado já estão com os olhos
voltados para contratos milionários no exterior. E vai continuar desse jeito
porque nossos clubes em sua maioria não tem dinheiro. Ainda bem que as quotas
da televisão cobrem em parte as despesas mensais, não todas. É a triste
realidade onde o que “Vale mesmo é o dinheiro”. É isso aí.